quarta-feira, 11 de abril de 2012

O que é Linux?

Claudia SardinhaPara o TechTudo

O Linux é um sistema operacional, assim como o Windows da Microsoft e o Mac OS da Apple. Ele foi criado pelo finlandês Linus Torvalds, e o nome é a mistura do nome do criador com Unix, um antigo sistema operacional da empresa de mesmo nome.
Ficou complicado? Vamos por partes, então.
A história do Linux
Tudo começou com o Unix, que foi criado por Ken Thompson nos laboratórios da Bell AT&T, nos EUA, em 1965. Ele criou este sistema para ser multitarefa e compartilhado (vários usuários compartilhando os recursos de um único computador). O Unix era arrojado para a época, mas somente em 1983, após muitas modificações, o sistema, agora conhecido como Unix System IV, foi lançado e passou a ser vendido. Atualmente, o Unix custa caro e é utilizado por empresas em computadores poderosos (chamados mainframes).
Anos mais tarde, em 1985, o professor holandês Andrew Tannenbaum desenvolveu um sistema de exploração mínimo baseado no Unix para ensinar programação a seus alunos. Ele o chamou de Minix. Porém, diferentemente do original, este era gratuito e com o código fonte disponível. Ou seja, qualquer programador poderia fazer alterações neste sistema.
Linus Torvalds
Em 1991, Linus Torvalds decidiu desenvolver um sistema operacional que fosse mais poderoso que o Minix. Então surgiu o Linux, um sistema operacional livre, parecido com o Unix, porém feito de forma diferente. Torvalds nunca teve inteção de ganhar dinheiro, pois a criação era para seu uso pessoal. O estilo de desenvolvimento adotado foi o de ajuda coletiva. Ou seja, ele passou a coordenar os esforços coletivos de vários grupos para a melhoria do sistema criado.
Ainda em 1991, Torvalds anunciou a primeira versão do sistema, Linux 0.02. No início era um sistema um pouco complexo e utilizado apenas por programadores ou por quem tinha conhecimentos na área, pois usava-se linhas de comando. Hoje isso mudou. Desde seu lançamento, muitos programadores têm ajudado a fazer do Linux o sistema operacional que é hoje.
Qual a ligação do LINUX com um pinguim?
Quando da criação da logotipo para o Linux, muitos apareceram com versões satíricas dos concorrentes. Outros resolveram utilizar animais selvagens e agressivos, como águias e tubarões. Torvalds acabou entrando no meio da discussão, pois não queria uma imagem agressiva. Então, lembrando de quando seu amigo Andrew Tridgell o levou a um zoológico em Canberra, onde foi bicado por um pinguim, Torvalds sugeriu a simples imagem deste animal gordinho e com expressão de satisfeito. Foi então que surgiu o Tux, mistura do nome Torvalds com Unix.
Por que o LINUX tem tantos nomes?
O Linux não é totalmente um sistema operacional. Ele é o que se chama de kernel (o núcleo do sistema operacional). O núcleo do sistema é o responsável pela integração dos dispositivos de hardware do computador com os programas (softwares). Como o Linux está disponível de graça e com código-fonte aberto, qualquer pessoa ou organização pode juntá-lo a um conjunto de softwares para criar um sistema operacional customizado. Cada uma destas customizações é chamada de distribuição ou distros.

Existem muitas distribuições Linux. Cada uma delas tem finalidades específicas. A maioria é gratuita, mas também existem as pagas (normalmente usadas em empresas). No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram. As mais populares são as distribuições de companhias como a Red Hat (também criadora do Fedora), a SuSE, a Mandriva (união da Mandrake com a Conectiva) e a Canonical (Ubuntu), além de projetos de comunidades como o Debian ou o Gentoo.
Também houve distribuições criadas no Brasil, mas quase nenhuma teve grande reconhecimento. A mais popular foi o Conectiva (que virou Mandriva) e o Kurumin, mas conta-se mais 23 distribuições nacionais. Algumas já conhecidas são: DreamLinux, Kalango, BigLinux, FenIx, Litrix, Dual O/S, Muriqui, ProLinux, ResuLinux, Ekaaty, Tupiserver, Famelix, Poseidon, Dizinha, GoblinX, GoboLinux, Libertas, Satux, Tutoo, Mothux e Linux Mint. Além disso, existem diversas comunidades online de apoio a usuários.
Comentário da Setembro.net
Por Cláudia Oliveira 
Em 2007 o Exército Brasileiro adotou a política do software livre e com isso unificar todas a estrutura de suas organizações e corporações.
O sistema teria que ser estável e fácil para rodar como servidor. O escolhido foi o sistema Debian. A partir dai as portas para as mais variadas instituições de ensino e de distribuição de ferramentas que pudessem equalizar as dificuldades encontradas, foram se abrindo e dentre as ferramentas apresentadas, destacou-se o Linux.
Foi sem dúvida, um dos passos mais importantes adotados pelo Brasil, quanto instituição, hoje 90% dos quartéis espalhados pelo Brasil adotaram o Debian em seus servidores. Este caminho nos tirou dos enigmas da pirataria em softwares e nos mostra um futuro que surpreende a cada atualização da ferramenta Linux.
Quando usamos como exemplo, o Exercito Brasileiro, a utilizar desta ferramenta, deixamos claro que o Linux se torna uma alternativa confiável e segura na relação software e proprietário.
Aos jovens que iniciam a escalada do conhecimento, falamos com orgulho que é esta  uma das matérias mais bonitas e interessantes no campo da informática, e para quem ainda pensa ser um mero programa que irá cair no esquecimento, engana-se, pois é fato consumado ser o Linux um dos sistemas de código aberto mais utilizados pelas empresas que encontram nele uma vantagem competitiva diante da concorrência. Inclusive brasileiras!
Reconhecendo esta tendência, empresas do mundo inteiro, vem mostrando cada vez mais casos reais de sucesso em que o padrão Linux é utilizado, seja com Seminários como o Linux Park, totalmente elaborados para executivos e decisores do mercado de TI, ou através de suas mídias sociais, cada vez mais voltadas para empresas e CIOs mostrarem um lado mais humanizado da vida empresarial.
Finalizando,os seminários Linux Park são eventos de clientes para clientes, onde executivos de TI relatam a uma audiência extremamente qualificada (diretores, gerentes e especialistas) quais foram as suas experiências ao utilizar tecnologias de código aberto. Compartilham informações e experiências com CIOs do mercado nacional, conhecendo suas iniciativas de uso de Linux e Software Livre em suas corporações e entendendo como reduzir custos com TI, aumentando a estabilidade, a robustez e a segurança de sua infra-estrutura e de seus sistemas.

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