sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cloud, se fosse um país, seria o 5º maior consumidor de energia do mundo

Convergência Digital - Hotsite Cloud Computing 
:: Da redação :: 19/04/2012


Segundo dados do Greenpeace, revelados em estudo, batizado "Quanto sua nuvem é limpa", se cloud computing fosse considerado um país, ele seria o quinto maior consumidor de eletricidade no mundo. A expectativa é de que essa demanda triplique até 2020. E o diagnóstico feito pelo Greenpeace não é nada favorável aos data centers. A maioria foi reprovada no uso de energia limpa.


O levantamento avaliou como 14 empresas de TI, responsáveis pela administração de mais de 80 centros de armazenamento de dados on-line, atuam. Por razões de custo e espaço, as companhias desenvolvem grandes servidores ou terceirizam os serviços, às vezes situados em outros países. Nesse cenário, Amazon, Apple e Microsoft receberam notas baixas. Por Facebook, Google e Yahoo receberam elogios.



Conforme o Greenpeace, Amazon, Apple e Microsoft estão em rápida expansão sem levar em conta suas fontes de eletricidade, e dependem fortemente de energia suja. A organização também disse que Yahoo e Google continuam priorizando o acesso à energia renovável, assim como o Facebook, que está construindo um centro de dados na Suécia que será totalmente alimentado por energia limpa.



"Empresas como Google, Yahoo e Facebook estão tomando medidas para utilizar energia limpa para alimentar suas nuvens. Já outras, como Apple, Amazon e Microsoft, ficaram para trás, optando por construir seus datacenters movidos por carvão e energia nuclear”, reportou o Greenpeace.

O Google tem investido muito em energias renováveis e foi uma das únicas empresas a receber nota "A". O Facebook implementou, em dezembro, uma política para que a disponibilidade de energia limpa seja um critério para construir centros de dados. O Yahoo, por sua vez, foi um dos primeiros a radicar datacenters em locais com fontes renováveis de energia. A lista das 14 empresas inclui ainda IBM, HP e Oracle.

De acordo com a organização, mais da metade da demanda energética da Apple é abastecida por carvão. Nesse quesito, a companhia recebeu nota "F", a mais baixa, já que a queima de carvão é apontada como uma das principais responsáveis pelo aquecimento global. A empresa, no entanto, rejeitou a análise do Greenpeace e informou liderar os esforços para favorecer a energia limpa.

O novo centro de dados da empresa, situado na Carolina do Norte (EUA), visa que mais de 60% de sua energia provenha de fontes renováveis, entre elas uma fazenda solar e a instalação de células de combustível (que produzem eletricidade a partir de uma reação química). Será "o centro de dados mais verde construído até agora" e se somará, em 2013, a um em Oregon (EUA), que funciona completamente a partir de energia renovável, afirmou a porta-voz da Apple, Kristin Huguet.

O Greenpeace também afirmou que a energia nuclear é responsável por providenciar quase um terço do que a Amazon utiliza. A companhia levou notas reprovatórias em tudo, exceto em eficiência energética nos centros de dados, onde tirou nota "D".

As empresas de tecnologia tendem a não fornecer detalhes sobre o uso de energia em centros de dados por razões de concorrência. A Amazon alegou que a informação do Greenpeace era "inexata". "A Amazon Web Services (AWS) acredita que a computação em nuvem é por si mais ecológica do que a informática tradicional", informou a companhia em resposta a uma pergunta da AFP.

"Ao invés de que cada empresa tenha seu próprio centro de dados que sirva apenas a ela, a AWS torna possível que centenas de milhares de empresas consolidem seu uso em um punhado de centros de dados na nuvem da AWS", acrescentou.

Eletricidade barata

Para o Greenpeace, embora a meta de eficiência em centros de dados seja alcançável, é preciso optar por energia limpa para salvaguardar o planeta. A tendência crescente de se usar a nuvem para oferecer serviços como enviar e receber e-mails, assistir a vídeos, compartilhar fotos, participar de redes sociais e tuitar, impulsiona a demanda por centros de dados.

Tanto que se os centros no mundo todo fossem considerados um país, ocupariam o quinto lugar em termos de consumo de eletricidade em um ranking mundial, segundo o Greenpeace. Um fator importante na localização dos centros de dados é a eletricidade barata, o que faz com que sejam construídos em locais onde se gera energia por queima de carvão, prejudicial para o clima mundial.

"O crescimento explosivo dos centros de dados é um grande problema, se continuar vinculado ao carvão, ou uma grande oportunidade", disse o chefe de imprensa do Greenpeace, David Pomerantz. "Se o setor das tecnologias de informação impulsionar o desenvolvimento de energia solar, eólica e outras fontes renováveis poderia ser um grande fator de mudança", emendou.

Fonte: Agências de Notícias Internacionais

Comentário da Setembro.net
Por Cláudia Oliveira

Um mundo mais sustentável. 
Não importa o tamanho da sua empresa, o que importa é que se você demonstra interesse em energia sustentável ou limpa, saiba, esta é uma tendência crescente e isso inclui também os grandes data centers.

Poderia ser um projeto inalcançável para você reduzir seus gastos de energia, consumo de papel ou até mesmo o lixo eletrônico, mas cada vez mais, tudo isso vai se agregando e mostrando um caminho único a seguir. O caminho da sustentabilidade.

Seguindo exemplo destas grandes empresas que já utilizam energia renovável como uma forma de diminuir não só o impacto no ambiente com o uso de carvão e energia nuclear, há também o lado social e publicitário. Este marketing tem que ser feito e estimulado dia a dia, afinal, se de um lado dessa ponte há tanta tecnologia e consumo, do outro, milhares de pessoas são vítimas de trabalho sub humano em carvoarias clandestinas, isso  incluem crianças e idosos. 

Imagens fortes e polêmicas correm soltas na internet e nas redes sociais - diminuir esta prática traduz em pontos valiosos para quem consome os serviços da Apple por exemplo, que infelizmente ainda é abastecida por carvão. Pode ser que nem compre carvão de carvoarias clandestinas, mas sem dúvida alguma, há comparações em torno disso.

Um abraço a todos e até a próxima.



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