sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Twitter é mais perigoso que cocaína, diz governo chinês

A China não é lá muito amigável às redes sociais e troca de informações pela Internet. Mas agora, o governo do país pegou pesado. A imprensa oficial de lá comparou rumores online espalhados por microblogs com drogas ilícitas, afirmando que, enquanto a heroína e a cocaína prejudicam a saúde, o que se diz na Internet é pior porque “envenena o ambiente social e afeta a ordem.”
O governo do país se refere, especialmente, a informações sobre protestos e escândalos, que se espalham rapidamente em redes como o Twitter, como conta o The Guardian.
A China conta, atualmente, com cerca de 300 milhões de usuários registrados em microblogs, mas, mesmo que os serviços sejam censurados (bloqueando, por exemplo, a postagem de certos termos), as autoridades continuam preocupadas com a rapidez com a qual as informações circulam na web.
A imprensa oficial segue dizendo que “rumores na Internet são drogas: por favor resista e fique longe deles”. Ela ainda sugere tolerância zero, já que eles “prejudicam as pessoas e a sociedade” assim como as drogas e acusa quem espalha essas informações de ter segundas intenções e “sequestrar a opinião pública”.
As autoridades dizem que alguns usuários das redes sociais criam escândalos sobre oficiais “sob o pretexto de se preocupar com o público… mas com o propósito de provocar problemas e prejudicar a sociedade”. Preocupados com o tipo de informação que se dissemina pela Internet, o governo do país estabeleceu penas para quem espallhar rumores na web, que vão desde uma multa de 500 iuan (cerca de R$140) até cinco anos atrás das grades.

Comentário do Fábio:

A China quase acertou dessa vez.
É claro que em um país tão absolutista e centralizador como é a China, as regras quanto a veiculação de informações não poderiam ser menos restritas do que já são. No entanto, sob outra ótica, devemos sim nos preocupar com o número de horas usadas nas redes sociais, muitos especialistas já falam de síndromes e fobias veiculadas a esta nova forma de interagir como uma fuga social. Ou seja, deixamos de nos relacionar pessoalmente para usarmos as ferramentas e redes sociais.
Não é raro vermos em reuniões de amigos, festinhas e mesmo no ambiente familiar, aspessoas interagindo com seus smartfonestablets e notebooks e entre si? Será assim tão importante dizer em uma página do twitter que está no lugar X com amigos, sendo que mal se comunicam entre si?

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