sábado, 17 de setembro de 2011

Tevês, novelas e laptops…

Outro dia fui olhar algumas televisões em HD para um futuro investimento em minha casa. Algo me surpreendeu – como se não bastasse ter que entender de polegadas, tive que me desdobrar em conhecimento remoto para acompanhar o raciocínio lógico do vendedor entre leds, slins, full HD, e tantas outras novidades.
Confesso a vocês, leitores, que entre tantas inovações me senti perdida. Ter que advinhar para onde meu rico dinheirinho irá ser melhor aplicado nesta ou naquela televisão foi algo desesperador…  Voltei para casa mais insegura do que entusiasmada.
Trabalhar com tecnologia me faz buscar sempre uma nova inovação, um novo olhar para o mercado. Mas ao ver o vendedor com um entusiasmo programado, feito um animador de auditório, me questionei até que ponto estou adaptada as estas constantes mudanças. E até que ponto são confiáveis. Percebi que estamos sendo induzidos a experimentar o novo o tempo todo. Seja nos aparelhos Android, seja nos novos sistemas de notebookslaptops,PCscâmeras fotográficas, e é claro o mundo digital também chegou as nossas telinhas.
Estimular as pessoas a se adequar às mudanças é um grande desafio que agrega os mais diversos setores. Seja de pesquisamarketing e até mesmo o comércio. Mesmo sem muito pesquisar podemos perceber que vários profissionais ainda vendem seus produtos e serviços como há 10 anos atrás e outros, estimulados pela onda de inclusão digital, vendem seus produtos com todas as vírgulas e hífens que existem no manual. É como se estivessem preparados para responder apenas o óbvio e nada mais.
Entendo que o primeiro passo para mudar tudo isso é interagir mais com o mercado. Ninguém tem obrigação de ser expert na profissão do outro. Uma dona de casa que vai a loja comprar uma televisão quer apenas assistir sua novela em um aparelho cuja imagem não tenha fantasmas e nem áudio com chiados. Mesmo assim, ao se deparar com tantos recursos se amedronta – seja pela tecnologia, seja pelos vendedores robotizados e ou acomodados.
É preciso olhar a realidade das pessoas “normais” e parar de fingir que está tudo bem e que vivemos em um mundo perfeito. Reconhecer a situação adversa, reconhecer que ainda há muito que se fazer é melhor do que apostar em fórmulas mágicas para uma realidade futura. Grandes casos de sucesso também tiveram suas marcas envolvidas em polêmicos atritos com a dificuldade de aceitação por parte do público alvo e tiveram que se readaptar, o que mostrou ainda mais confiança e prestação de bons serviços por parte delas.
Ao contrário do que se pensa, os melhores resultados são de empreendimentos que estão aproveitando justamente as mudanças de mercado, mas com a adesão dessas pessoas que nada sabem de tecnologia, mas compram, interagem, participam. – O bom vendedor é aquele que participa da escolha do seu cliente, que o chama para conhecer o que há de melhor em sua empresa mas também mostra o que melhor se adequa a suas necessidades, não o que empurra o mais caro e o mais novo lançamento do momento. Aliás, desde sempre, o melhor lançamento em qualquer segmento de mercado é sempre o cliente.

Por: Cláudia Oliveira
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